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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Solteira e Feliz


  Vivemos em uma época em que somos impactadas constante e ferozmente pela mídia. Muitas vezes sem percebermos, ela molda a nossa maneira de pensar, de agir e de falar, e assim ficamos cada vez mais parecidas com o que nossa cultura ensina nas várias áreas da nossa vida.
    Isso é bem verdade na área conjugal, se observamos bem. A cultura nos ensina que apenas é feliz aquela que, desde cedo, vive um grande amor, e este deve ser o ideal de toda mulher. Se porventura isto não acontecer, realmente há algum problema com ela, e consequentemente, ela deve buscar livrar-se o mais rápido possível do seu triste estado, e alcançar o coração de um homem a qualquer custo e de qualquer maneira.
    Infelizmente, essa idéia tem entrado na mente das mulheres cristãs. Muitas advogam que o casamento é uma benção de Deus e que todas devem alcançar esta benção, e se porventura esta benção não for uma realidade na vida de cada mulher, então com certeza Deus está castigando-as ou existe algo de errado com tais mulheres. Assim, deste pensamento brotam amargura, inveja, cobiça, e outros desejos pecaminosos na vida daquela que ainda não encontrou seu príncipe encantado.
   Acontece que a Bíblia nos ensina uma visão bem diferente. Ela nos mostra um caminho de liberdade e alegria que todos, tanto homens como mulheres, devem trilhar. Vejamos alguns pontos importantes sobre o assunto:
1. Deus é a nossa fonte primária e essencial de alegria, quer estejamos casadas ou solteiras. Independente de sermos solteiras ou casadas, nosso dever é estarmos sempre alegres e contentes em todas as situações, pois Deus é suficiente para isso (Fp. 4.11-13). Deus é a nossa maior fonte de alegria (Sal 16.11)
2. Devemos encarar o tempo de solteirice como uma oportunidade de servir a Deus de forma singular. Vemos em 1 Coríntios 7.32 “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, como agradar ao Senhor”. O estado de ser solteiro é uma maravilhosa oportunidade de nos preocupar menos com os afazeres domésticos e obrigações matrimoniais e nos envolvermos mais na obra do Senhor.

3. Se o plano de Deus para a vida da mulher é o casamento, Deus assim vai fazer. Em Jó 42. 2 diz: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos podem ser frustrados”. Os planos de Deus nunca falham. Se Deus deseja que casemos, casaremos. Se não, ele tem um plano perfeito para nosso solteirismo, nos ajudando a nos satisfazer nele em todas as circunstancias, boas e más, que este estado nos oferece.
   Na busca em amar a Deus de todo o nosso coração, precisamos encarar cada realidade da vida sob uma perspectiva bíblica. Cada mulher tem a responsabilidade diante de Deus de olhar a solteirice focando no serviço do Senhor e na alegria que ele nos proporciona em cada fase da vida.
   A igreja também tem a responsabilidade de trabalhar as solteiras a fim de que enxerguem a preciosidade da fase em que vivem. Eles devem aprofundar seu relacionamento com o Senhor e desfrutá-lo dele, a fim de experimentar sua suficiência em todas as fases da vida, quer estejam solteiros ou casados. Sendo assim, teremos mulheres cheias do Senhor e dispostas a viver cada momento da sua vida para a glória de Deus, sem se importar com o que a carne, o mundo e o diabo dizem contra elas.

Temperamento e a Feminilidade



Vivemos em dias em que a feminilidade bíblica tem sido ferozmente atacada. A mídia, bem como outras ferramentas de comunicação na sociedade, fala sobre as características essenciais das mulheres, onde, entre muitas, estão a sensualidade, a fragilidade, a irritabilidade. Afirmam que tais características são partes inatas da natureza feminina e, por isso, todos da sociedade devem enxergá-las assim.
    Umas das características mais notáveis que percebemos quando se fala sobre a feminilidade são os fatores Temperamento e Emocionalismo. Somos conhecidas por nossa fragilidade sentimental, e que nos deixamos levar por qualquer emoção que envolva parentes próximos ou bens particulares. Quanto ao temperamento, somos voláteis, e podemos muito bem cair na simpatia da sociedade em dias tranquilos, mas quando os hormônios começam sinalizar o ciclo menstrual, pode-se esperar qualquer tipo de alteração temperamental, tendo sempre em vista que isso é inato da verdadeira feminilidade.
   Não podemos ignorar o que acontece em nossas igrejas também. Quando afirmamos que “o mundo tem impactado a igreja” ou “a igreja tem-se amoldado ao mundo”, a feminilidade é uma área que certamente se enquadra nestas afirmações. Mães são liberadas para a ansiedade quando se trata sobre o futuro de seus filhos; moças são orientadas a procurarem sem sabedoria e discernimento o casamento mais rápido possível, já que há felicidade apenas no matrimônio e tristeza na solteirice; e esposas são liberadas a se irritarem com seus maridos, pois depois do casamento não podem se separar a não ser pela ocorrência do adultério e morte. Simplesmente, estes tipos de comportamentos são, dizem, normais para a mulher, e todos são obrigados a conviverem com elas desta maneira, pois, afinal, Deus as criou assim.
   Acontece que a Bíblia nos vê de forma diferente. Em nenhum momento vemos Deus criando algo defeituoso e ruim, muito menos quando se fala do Ser Humano Mulher, parte da coroa da Criação juntamente com o Homem. Sendo assim, não podemos aceitar estas descrições equivocadas do que é Ser Mulher. Apesar de estar vigente na Igreja Brasileira, não é nato da mulher ser ansiosa, briguenta, irritadiça e vulnerável. Estas são características pecaminosas, e não podemos aceitar que Deus colocou este pacote de pecados quando formou nós, mulheres.
   Nossa natureza pecaminosa é a responsável por todas essas alterações no temperamento. Em Gálatas 5.18-24 nos diz: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”. Aqui, não vemos a defesa de que estas obras más são da natureza humana como Deus a criou, mas de uma natureza decaída, manchada pelo pecado, e que luta cada vez mais para distanciar-nos do plano redentor de Deus, que é oferecido para toda pessoa, seja homem ou mulher.
   A ordem para ser santo nos informa para qual objetivo fomos criados: glorificar a Deus em tudo, inclusive em nossos temperamentos. Se a irritabilidade, a fragilidade, a insegurança e a vulnerabilidade fossem inatas à natureza da mulher, nunca poderíamos obedecer a Deus, pois tais características são pecaminosas. Quando somos tachadas de muito emocionais e pouco racionais, estão declarando que somos “incapazes em obedecer a Deus”, já que a sabedoria deve prevalecer acima do emocional na vida de todo Ser Humano.
   Nossa atitude diante de tais verdades deve ser primeiramente de arrependimento, pois muitas vezes dizemos: “Senhor, eu não tenho culpa pela ansiedade. O Senhor me criou assim!” Ou até mesmo dizemos: “Estou em TPM, e por isso não tenho culpa em demonstrar ira contra meu próximo”. Em seguida, devemos travar uma batalha contra nossas inclinações pecaminosas, pois qualquer atração que tivermos para não obedecermos a Deus são tentações, e assim devem ser tratadas.
   Quando determinarmos nossa batalha contra o pecado e começarmos substituir temperamentos pecaminosos por temperamentos de graça, teremos uma igreja e uma sociedade que pensará duas vezes antes de caracterizar a identidade inata da verdadeira mulher.