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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Consciência: Discernindo a Vontade de Deus



   Todos nós temos a faculdade intelectual de discernimento entre o bem e o mal, o certo e o errado, e a esta faculdade chamamos de Consciência. Deus a colocou em nosso coração a fim de que possamos tomar decisões de acordo com a sua vontade.
   Deus criou a consciência, mas nós somos responsáveis por educá-la. Nesta responsabilidade, muito a cumprem devidamente, outros, porém, não a fazem.  Vejamos alguns tipos de consciência que a Bíblia fala, e aprendamos o que ela diz sobre uma consciência biblicamente treinada.[1]

1. Consciência cauterizada.
   Esta consciência já foi educada pela Palavra de Deus, porém foi cauterizada pela prática do pecado. No começo, a consciência avisava do erro, mas de tanto a pessoa ferir sua consciência ela não “alarma” mais como antes. Como conseqüência, esta consciência produz pouco sentimento de culpa.[2]
   Vejamos um exemplo bíblico sobre esta consciência:

“pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,”
1 Timóteo 4.2
   Neste caso, eles mentiram tanto que suas consciências já estavam anestesiadas pelo pecado.

2. Consciência destreinada.
   Esta consciência nunca foi treinada pela Palavra de Deus. Ela não sabe qual a vontade de Deus revelada nas Escrituras, e por isso raramente faz a vontade dEle.[3] Como conseqüência, a pessoa raramente se sente culpada, e direciona sua vida de forma pecaminosa e sem sabedoria. Romanos 1-3 nos oferece um vislumbre detalhado de pessoas com este tipo de consciência.

3. Consciência Fraca
   Esta consciência é ativada por informações extra-bíblicas. Ou seja, a pessoa pensa que muita coisa é pecado, porém não é. Sendo assim, não sente paz em tomar algumas decisões onde deveria sentir, e pede perdão a Deus por atitudes e ações que não deveria pedir. Produz muitos sentimentos de culpa e esta vem por razões erradas e equivocadas.
   Um clássico exemplo desse tipo de consciência está em Romanos 14.1,2,23. Vejamos:

1. Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.
2. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes;
3. Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
  
4. Consciência Bíblica
Esta consciência é ativada por verdades bíblicas, e é a que devemos cultivar. Quando ela nos adverte, nos mostra como devemos andar de acordo com a vontade de Deus. Produz sentimentos de culpa por motivos certos, e nos ensina no verdadeiro caminho que devemos andar. 2 Timóteo 3.16-17 diz:

16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

1 Timóteo 1.5 também afirma:

Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.

Como está sua consciência? Cauterizada? Destreinada? Fraca? Ou Bíblica?. Peça ao espírito Santo de Deus para lhe dar discernimento a fim de responder esta pergunta. Peça a ajuda de alguém maduro ou seu pastor para lhe ajudar. A saúde de sua consciência é essencial para a saúde do seu relacionamento com Deus e com o próximo. Que Deus nos ajude a termos consciências bíblicas e saudáveis. A Deus toda a glória.



[1] Este artigo é baseado em meus estudos no Mestrado em Aconselhamento Bíblico e no material por este fornecido sobre Consciência. O material foi publicado pela ABCB juntamente com a Baptist Church Faith
[2] Lembrando que culpa não é um sentimento, mas muitas vezes se manifesta por meio dele. Culpa é um estado de ser da pessoa diante de Deus. Ela é culpada quando peca, mesmo sem sentir muitas vezes. Neste exemplo de consciência, a pessoa não sente culpa, mas mesmo assim ela é culpada diante de Deus.
[3] Dizemos “raramente” porque em Romanos 2. 14-15 mostra que Deus cravou uma Lei em nossos corações a fim de termos um pequeno vislumbre do que é certo ou errado. No entanto, este vislumbre não é suficiente para substituir uma educação deliberada na Palavra de Deus.

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