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terça-feira, 29 de setembro de 2015


Temperamento e a Feminilidade



Vivemos em dias em que a feminilidade bíblica tem sido ferozmente atacada. A mídia, bem como outras ferramentas de comunicação na sociedade, fala sobre as características essenciais das mulheres, onde, entre muitas, estão a sensualidade, a fragilidade, a irritabilidade. Afirmam que tais características são partes inatas da natureza feminina e, por isso, todos da sociedade devem enxergá-las assim.
    Umas das características mais notáveis que percebemos quando se fala sobre a feminilidade são os fatores Temperamento e Emocionalismo. Somos conhecidas por nossa fragilidade sentimental, e que nos deixamos levar por qualquer emoção que envolva parentes próximos ou bens particulares. Quanto ao temperamento, somos voláteis, e podemos muito bem cair na simpatia da sociedade em dias tranquilos, mas quando os hormônios começam sinalizar o ciclo menstrual, pode-se esperar qualquer tipo de alteração temperamental, tendo sempre em vista que isso é inato da verdadeira feminilidade.
   Não podemos ignorar o que acontece em nossas igrejas também. Quando afirmamos que “o mundo tem impactado a igreja” ou “a igreja tem-se amoldado ao mundo”, a feminilidade é uma área que certamente se enquadra nestas afirmações. Mães são liberadas para a ansiedade quando se trata sobre o futuro de seus filhos; moças são orientadas a procurarem sem sabedoria e discernimento o casamento mais rápido possível, já que há felicidade apenas no matrimônio e tristeza na solteirice; e esposas são liberadas a se irritarem com seus maridos, pois depois do casamento não podem se separar a não ser pela ocorrência do adultério e morte. Simplesmente, estes tipos de comportamentos são, dizem, normais para a mulher, e todos são obrigados a conviverem com elas desta maneira, pois, afinal, Deus as criou assim.
   Acontece que a Bíblia nos vê de forma diferente. Em nenhum momento vemos Deus criando algo defeituoso e ruim, muito menos quando se fala do Ser Humano Mulher, parte da coroa da Criação juntamente com o Homem. Sendo assim, não podemos aceitar estas descrições equivocadas do que é Ser Mulher. Apesar de estar vigente na Igreja Brasileira, não é nato da mulher ser ansiosa, briguenta, irritadiça e vulnerável. Estas são características pecaminosas, e não podemos aceitar que Deus colocou este pacote de pecados quando formou nós, mulheres.
   Nossa natureza pecaminosa é a responsável por todas essas alterações no temperamento. Em Gálatas 5.18-24 nos diz: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”. Aqui, não vemos a defesa de que estas obras más são da natureza humana como Deus a criou, mas de uma natureza decaída, manchada pelo pecado, e que luta cada vez mais para distanciar-nos do plano redentor de Deus, que é oferecido para toda pessoa, seja homem ou mulher.
   A ordem para ser santo nos informa para qual objetivo fomos criados: glorificar a Deus em tudo, inclusive em nossos temperamentos. Se a irritabilidade, a fragilidade, a insegurança e a vulnerabilidade fossem inatas à natureza da mulher, nunca poderíamos obedecer a Deus, pois tais características são pecaminosas. Quando somos tachadas de muito emocionais e pouco racionais, estão declarando que somos “incapazes em obedecer a Deus”, já que a sabedoria deve prevalecer acima do emocional na vida de todo Ser Humano.
   Nossa atitude diante de tais verdades deve ser primeiramente de arrependimento, pois muitas vezes dizemos: “Senhor, eu não tenho culpa pela ansiedade. O Senhor me criou assim!” Ou até mesmo dizemos: “Estou em TPM, e por isso não tenho culpa em demonstrar ira contra meu próximo”. Em seguida, devemos travar uma batalha contra nossas inclinações pecaminosas, pois qualquer atração que tivermos para não obedecermos a Deus são tentações, e assim devem ser tratadas.
   Quando determinarmos nossa batalha contra o pecado e começarmos substituir temperamentos pecaminosos por temperamentos de graça, teremos uma igreja e uma sociedade que pensará duas vezes antes de caracterizar a identidade inata da verdadeira mulher.


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