Temperamento e a Feminilidade
Vivemos em dias em que a feminilidade bíblica tem
sido ferozmente atacada. A mídia, bem como outras ferramentas de comunicação na
sociedade, fala sobre as características essenciais das mulheres, onde, entre muitas,
estão a sensualidade, a fragilidade, a irritabilidade. Afirmam que tais
características são partes inatas da natureza feminina e, por isso, todos da
sociedade devem enxergá-las assim.
Umas das
características mais notáveis que percebemos quando se fala sobre a
feminilidade são os fatores Temperamento e Emocionalismo. Somos conhecidas por nossa
fragilidade sentimental, e que nos deixamos levar por qualquer emoção que
envolva parentes próximos ou bens particulares. Quanto ao temperamento, somos
voláteis, e podemos muito bem cair na simpatia da sociedade em dias tranquilos,
mas quando os hormônios começam sinalizar o ciclo menstrual, pode-se esperar
qualquer tipo de alteração temperamental, tendo sempre em vista que isso é
inato da verdadeira feminilidade.
Não
podemos ignorar o que acontece em nossas igrejas também. Quando afirmamos que
“o mundo tem impactado a igreja” ou “a igreja tem-se amoldado ao mundo”, a
feminilidade é uma área que certamente se enquadra nestas afirmações. Mães são
liberadas para a ansiedade quando se trata sobre o futuro de seus filhos; moças
são orientadas a procurarem sem sabedoria e discernimento o casamento mais
rápido possível, já que há felicidade apenas no matrimônio e tristeza na
solteirice; e esposas são liberadas a se irritarem com seus maridos, pois
depois do casamento não podem se separar a não ser pela ocorrência do adultério
e morte. Simplesmente, estes tipos de comportamentos são, dizem, normais para a
mulher, e todos são obrigados a conviverem com elas desta maneira, pois,
afinal, Deus as criou assim.
Acontece
que a Bíblia nos vê de forma diferente. Em nenhum momento vemos Deus criando
algo defeituoso e ruim, muito menos quando se fala do Ser Humano Mulher, parte
da coroa da Criação juntamente com o Homem. Sendo assim, não podemos aceitar
estas descrições equivocadas do que é Ser Mulher. Apesar de estar vigente na
Igreja Brasileira, não é nato da mulher ser ansiosa, briguenta, irritadiça e
vulnerável. Estas são características pecaminosas, e não podemos aceitar que
Deus colocou este pacote de pecados quando formou nós, mulheres.
Nossa natureza pecaminosa é a responsável
por todas essas alterações no temperamento. Em Gálatas 5.18-24 nos diz: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o
Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o
que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não
estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição,
impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos
preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei.
E
os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.”. Aqui, não
vemos a defesa de que estas obras más são da natureza humana como Deus a criou,
mas de uma natureza decaída, manchada pelo pecado, e que luta cada vez mais
para distanciar-nos do plano redentor de Deus, que é oferecido para toda
pessoa, seja homem ou mulher.
A ordem para ser santo nos informa para qual
objetivo fomos criados: glorificar a Deus em tudo, inclusive em nossos
temperamentos. Se a irritabilidade, a fragilidade, a insegurança e a
vulnerabilidade fossem inatas à natureza da mulher, nunca poderíamos obedecer a
Deus, pois tais características são pecaminosas. Quando somos tachadas de muito
emocionais e pouco racionais, estão declarando que somos “incapazes em obedecer
a Deus”, já que a sabedoria deve prevalecer acima do emocional na vida de todo
Ser Humano.
Nossa atitude diante de tais verdades deve
ser primeiramente de arrependimento, pois muitas vezes dizemos: “Senhor, eu não
tenho culpa pela ansiedade. O Senhor me criou assim!” Ou até mesmo dizemos:
“Estou em TPM, e por isso não tenho culpa em demonstrar ira contra meu
próximo”. Em seguida, devemos travar uma batalha contra nossas inclinações
pecaminosas, pois qualquer atração que tivermos para não obedecermos a Deus são
tentações, e assim devem ser tratadas.
Quando determinarmos nossa batalha contra o
pecado e começarmos substituir temperamentos pecaminosos por temperamentos de
graça, teremos uma igreja e uma sociedade que pensará duas vezes antes de
caracterizar a identidade inata da verdadeira mulher.
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