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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Mulher e o Uso do Véu em 1 Coríntios 11



   Umas das passagens mais controversas é 1 Coríntios capítulo 11. 2-16. Ali vemos que a mulher deve usar véu em suas orações e também em momentos de profecias, mas o homem não precisava fazer isso. O que significa este “usar véu?” Para que este apetrecho? É necessário todas as mulheres cristãs em todas as épocas usá-lo? Estas e outras dúvidas procuraremos tirar neste artigo.
   Paulo está escrevendo para a problemática igreja de Corinto. No capítulo anterior, o vemos tratando das carnes sacrificadas aos ídolos e suas implicações para a vida cristã. Neste ensino, vemos que a cultura vigente tinha uma influencia significativa, e que no final das contas Paulo orienta olhar sempre a consciência do irmão a fim de não escandaliza-lo na decisão de comer carne ou não. A cultura tinha uma influencia impactante na formulação da consciência do irmão.
   No caso do capítulo 11 também não é diferente. Para analisarmos o que esta polêmica passagem diz, precisamos ver quais aspectos da cultura estava vigente de forma a influenciar o ensino de Paulo.:
   John Macarthur (2010, p. 1543) nos diz:

(...) Os judeus começaram a usar uma cobertura para a cabeça durante o século 4º d.C., embora  alguns possam tê-la usado nos tempos do NT. Aparentemente, os homens de Corinto estavam fazendo o mesmo, e Paulo os informa que isso era uma desonra. Paulo não está declarando uma lei universal que vem de Deus, mas reconhecendo um costume local, que refletia um princípio divino. Nessa sociedade, a cabeça descoberta de um homem era o sinal de autoridade sobre as mulheres, as quais tinham de trazer a cabeça coberta. Se um homem cobrisse a cabeça, isso sugeria uma inversão dos papeis apropriados. [1]

    Matthew Henry (2008, p. 474), um renomado comentarista, nos ajuda a entender esta passagem ao dizer que a insubordinação aos homens e maridos “era, provavelmente, o erro daquelas profetizas na igreja de Corinto. Era fazer uma coisa que, naquela época significava superioridade que Deus havia conferido ao outro sexo”[2]. O que estava em jogo não era uma simples vestimenta ou apetrecho. Estava em jogo a representação da liderança do homem sobre a mulher.

A sociedade oriental daquela época era extremamente zelosa com respeito às mulheres. Com exceção das prostitutas cultuais, as mulheres mantinham os cabelos longos e costumavam cobrir a cabeça quando estavam em lugares públicos. (Paulo não usa a palavra véu, que designa o tecido usado para cobrir o rosto. As mulheres colocavam um xale comum sobre a cabeça para simbolizar sua submissão e pureza.) Uma mulher cristã aparecer em público sem cobrir a cabeça, ainda mais para orar e falar da Palavra, era um gesto atrevido e blasfemo. (...) Também havia costumes apropriados que simbolizavam essas relações e lembravam homens e mulheres de seu devido lugar dentro da ordem estabelecida por Deus. (WIERSBE, 2006, Pg. 785-786) [3]


“De acordo com o costume da época, que era observado com especial rigor na comunidade judaica, a mulher casada usava um véu. Onde vigorava esse costume, a mulher com o cabelo descoberto imediatamente causava uma impressão de leviana e provocante.” (BOOR, 2004, pg 88) [4]

   Concluímos então que o uso do véu na Igreja de Corinto era uma representação cultural de sua submissão ao Homem. Atualmente não há necessidade de utilizarmos véu ao orarmos ou falarmos da Palavra do Senhor, no entanto devemos procurar manifestações culturais em que podemos reconhecer e proclamar nossa submissão a autoridade masculina. Que Deus nos abençoe nesta tarefa.





[1] Bíblia de Estudo MacArthur. Sociedade Bíblica do Brasil. Bauru-SP.2010.
[2] HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. (Versão digitalizada, sem referências bibliográficas)
[3] WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo– Novo Testamento. Vol. 01. Geográfica Editora, Santo André – São Paulo
[4] BOOR, Werner de. Comentário Bíblico Esperança. Editora Evangélica Esperança, Curitiba – Paraná. 2004.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Como você se veste?


   
   Vivemos em uma cultura hipersexualizada, e, da maneira como a cultura vinha carente de ensinos morais, isto não é de se admirar. Televisão, Rádio, Internet, Rede Sociais, etc. nos incentivam cada vez mais a nos amoldarmos aos padrões ímpios de moralidade (ou melhor, da imoralidade), e para não nos sentirmos como ETs no local onde vivemos, eles nos aconselham a pensar o que todos pensam, e fazer o que todos fazem. Parece-nos que há uma ignorância completa do Ser Superior e de Suas ordens morais e vivificadoras, e sendo assim, o mundo entra em decadência maior cada vez que dá um passo contrário aos padrões do Deus Supremo.
   Essa imoralidade tem atingido principalmente às vestimentas femininas. É nos ensinado que a mulher deve vestir de forma provocante e sensual, de forma sempre a atrair os olhares masculinos às suas partes íntimas e chamativas. Já que tudo nessa vida gira em torno da sexualidade, dizem, então se a mulher assim não se vestir perde-se o propósito da sua feminilidade e até mesmo da vida.
   Infelizmente, esta idéia tem entrado na vida das mulheres cristãs também. Discursos como: “O que é bonito tem que ser mostrado” (referindo-se aos seios); “problema é dos homens que olham”; “Os homens da Igreja não ligam para isso. São Santos”, são exemplos de pensamentos ingênuos e/ou maliciosos daquelas que ignoram sua santidade na maneira em que se vestem.
   Deus deseja santidade em nossas vidas, e a vestimenta deve ser alvo desta graça também. Quando nos vestimos de forma provocante, estamos acima de tudo desrespeitando a ordem de Deus para andarmos em santidade, e, também, desrespeitando a sexualidade do Homem. Ignorar a sexualidade do homem é ignorar os efeitos negativos das vestimentas sensuais causados em nossos irmãos. Todas nós sabemos que o desejo sexual é um presente dado por Deus, mas que só deve ser satisfeito no contexto de casamento. Quando nos vestimos sensualmente estamos provocando tentações em nossos irmãos e prejudicando sua santidade. Não podemos ser pedra de tropeço para ninguém. (Romanos. 14.13)
   A fim de sermos verdadeiras adoradoras neste quesito, precisamos pensar sempre antes de se vestir: “Esta roupa vai provocar alguma tentação em meus irmãos?”, “Esta roupa vai escandalizar a alguém? (seja homem ou mulher?)” “O que esta roupa diz respeito ao meu caráter?” (muitas roupas podem não provocar tentações aos homens, mas nos diz muito sobre nosso caráter).

    Lembre-se do que Provérbios 11.22 diz: “Como joia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição.” Se vista pensando no outro. Se vista para a glória de Deus. Isto inclui não vestir roupas decotadas, justas e que modelam em demasia seu corpo. Adote uma nova postura diante das compras vestiarias. Pense sempre na santidade do outro. Pense sempre na glória de Deus.